quinta-feira, junho 11, 2009

Love Shop

Eu não te quero porque meus dedos longos não prendem tua personalidade escorregadia. Eu não te quero porque meus planos e meus sonhos não te cabem. Mas.. Eu quero.. Eu.. Não! A voracidade de meu abraço é só sex appeal. E se acaso eu te deixasse visitar-me por dentro, nossa troca seria inversa, e não seria eu quem te ofereceria meu corpo e não seria tu quem me ofereceria tua alma. Quero-te só nesse pouco que te encontro, porque mais seria ironicamente superficial. Como nos livros em que o leitor é quem engrandece a história, ao fantasiar vivências através de palavras fortes. Dá-me tua palavra e eu insinuarei meu corpo. Quero falar-te só para confundi-lo. Pensas que quero uma aventura. Não. Quero mais. Pode ser fraqueza permitir carícias. Mas, que nada! És meu congênere, e assim, és um exemplar do sexo oposto que deixa nossos cantos conformes. E és bastante razoável, cara. Enquanto estás cansado, estou totalmente disposta. És socialista, enquanto eu te consumo até teu pneu ficar careca e eu conseguir um novo financiamento.

6 comentários:

Flavio disse...

Há quase dois anos comecei escrever sse texto, como guardar é bom! Encontrei-o e consegui finalizá-lo, adaptando-o como outro sentido.

Victória disse...

Eu amei.. Me encontro tão parecida com isso descrito.
This fucking ring of fire.
Adoro tuas escrivinhações.

manuh disse...

Quando é mais que um caso e menos que amor essencialmente correspondido?

tem gente que ainda acha que a carne não fala.

=)

Carol! disse...

Um dos favoritos.

Outrarte disse...

Fala.

marina disse...

lindo

 
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