quinta-feira, dezembro 23, 2010

Anywhere I Lay My Head

Tom Waits sabe bem o que se passa e onde ficam os desertos. Eu vejo a memória num gramofone, uma câmera no sapato. A garganta cheia de fumaça, mofo, rancor e cansaço. Lareira dentro do peito de duas pessoas. Um palpite. Um conceito. Meus dizeres dentro da minha cabeça. Um dia e meio. Uma volta na praça.
cara, dá um tempo. não sei se é drama ou coca-cola, ou o gim, mas queima. tenho novas faixas de não atravesse. não, espere, temos o jogo. é minha vez, dobro a aposta. eu sei que ganho. tudo isso é muito simples para o riso, não se erice. nunca fui naturalmente competitivo, nem nascido para o show. mas é você é quem chama. e eu estou esperando.

quarta-feira, dezembro 08, 2010

Postcards from Sao Paulo

A passos fortes, em longas avenidas, em espaços cheios, guardo meu espírito em baixo de uma sombrancelha, apertado em suas pontes com os outros, que me apertam para dentro deste corpo que avança. A minha voracidade agora é serena. O entender de mim mesmo está na fala calma e empatizante de outro ser, que fala de suas coisas flertando com as minhas. O inóspito e impossível não arrancam protestos. Estou e sou neste lugar.

 
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