(...)Eu sempre precisei de alguém que servisse de expectador do que eu queria ser, eu seria o personagem íntimo e adoraria agradar com minhas atuações, o “eu” que eu queria estaria vivo para alguém. O mundo é um palco sempre disponível, mas os expectadores estão por aí no corre-corre. Com F. foi assim, na mesa eu falava mais alto e olhava para ela e outras três amigas, ela gostou da minha atuação e fiquei sendo quem eu queria ser por um bom tempo, até que ela me descobriu e denunciou-me a mim mesmo.(...)
*trecho de um conto antigo meu, publicado em homenagem à Cecília, Gabriela e Hellen.