sábado, dezembro 13, 2008

memória nua

Hoje, como se fizesse um repente, cheio de rimas e sotaques, saudei mais um vez as coisas que já foram. E como um sertanejo, lembrando do luar antigo, esforcei-me pra não sucumbir nas novas empreitadas, sabendo que serão o início de outras lembranças. Talvez este saudosismo seja prova de amor à vida, e que os outros que minimizam as vivências junto a mim estejam esperando algo sempre, desdenhando do nosso passado, eternamente insatisfeitos. Os passáros estão presentes em qualquer escrita que tente adornar-se com a natureza, mas eles, aqui, só entoam o meu caminhar em um ambiente atemporal. E dessa vez o pensamento não está vinculado aos objetos que guardo, mas sim à saudade despida; no meio do sertão, de tudo que está em mim.

3 comentários:

Auíri Au disse...

"...o sertão está dentro de mim..."
Guimarães Rosa

Belas palavras colega.

Ana f disse...

Boas palavras mesmo, colega *_*

Auíri Au disse...
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