quarta-feira, maio 26, 2010

21 Dias, monno

"Prefiro você a ficar em paz". " Se seu excesso, se toda a sua urgência, nunca é demais." É na fantasia que o homem cotidiano, tributável, que o Pessoa com outro nome repugnou, sobrevive. Por isso nas obrigações, faltas, sabemos que precisamos dessa dose de exagero, por isso cremos na arte, pois por mais simples que seja, ela representa nossa fantasia embelezada, pulsando na nossa frente, em nossos sentidos. E quando tudo isso acaba, resta a paz. A maldita paz que já falei aqui citando a Mrs. Dalloway. Quando eu escutei essa música ao vivo no último sábado, eu esqueci de minhas análises técnicas, ao ouvir a palavra mágica: excesso. O excesso está aqui dentro e ele explode tão escondido e comedido que se evidencia num vexame. Pois eu não coloco carisma nele, eu não faço declaração de minha empolgação com as pessoas. Ainda estou demorando escrever aquela grande carta aos meus amigos. Ainda não falei que gosto dos excessos e dores que algumas pessoas me impelem. E me vem uma personagem que também não consegue ter esse excesso comigo e nos vejo explodindo por dentro. Mesmo que a explosão só esteja em mim. E isso não é só uma frase feita na música. "Ao partir, esqueça algum sinal de que irá voltar." Porque não queremos ficar a sós com a paz. A gente quer ficar desequilibrado, para depois ter ressaca. Eu não acredito em rotina, apenas em ressaca. E me recupero por uns dias, certo de que o caos irá voltar.

aqui...
http://www.youtube.com/watch?v=xezNwE5Az7Y

4 comentários:

Pablodumb disse...

Muito bom o texto, descrição simplismente otima!

Anônimo disse...

magic pie

Anônimo disse...

ou a arte deprime ou cura.

Anônimo disse...

Baby....

Sei que é muito pessoal!!Mas to sentindo falta de atualização!!Enquanto isso leio os arquivos!!
Hehe

Flávia

 
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