quinta-feira, setembro 20, 2012
Chuva de Granizo
quinta-feira, julho 05, 2012
Sem título
sexta-feira, junho 17, 2011
Mixtape
O dedo não balança nessa disco dança anos 80 no couro frio do teu sofá, just like honey; na madrugada cocaine socialism, esquenta teu seio na camisa pulante até dormir astral weeks, a gente já se levantou e deitou demais hoje, mas essa sala te resume junto com teu mac, teu vinil, teu lábio colorido, haircut, meu comportamento inimputável, em que posso ser grosso, posso ser breve - a música é o que vale e a playlist infinita mostra que eu já vou embora. É solidão demais nesses nossos tempos, mas você parou para me escutar, eu parei pra ouvir música o dia amanhecer, não esfriar e seguir você na sua eu na minha. A batida, a bebiba aproxima a gente e onda vai, passa, eu não consigo pegar, só ir, noutro dia ouvir aquela fita e lembrar apenas que foi bom.
domingo, fevereiro 27, 2011
Peito cheio
quinta-feira, dezembro 23, 2010
Anywhere I Lay My Head
cara, dá um tempo. não sei se é drama ou coca-cola, ou o gim, mas queima. tenho novas faixas de não atravesse. não, espere, temos o jogo. é minha vez, dobro a aposta. eu sei que ganho. tudo isso é muito simples para o riso, não se erice. nunca fui naturalmente competitivo, nem nascido para o show. mas é você é quem chama. e eu estou esperando.
quarta-feira, dezembro 08, 2010
Postcards from Sao Paulo
A passos fortes, em longas avenidas, em espaços cheios, guardo meu espírito em baixo de uma sombrancelha, apertado em suas pontes com os outros, que me apertam para dentro deste corpo que avança. A minha voracidade agora é serena. O entender de mim mesmo está na fala calma e empatizante de outro ser, que fala de suas coisas flertando com as minhas. O inóspito e impossível não arrancam protestos. Estou e sou neste lugar.
segunda-feira, novembro 22, 2010
Hoppípolla
quarta-feira, maio 26, 2010
21 Dias, monno
aqui...
http://www.youtube.com/watch?v=xezNwE5Az7Y
sexta-feira, maio 07, 2010
O espectro ululante
sexta-feira, março 19, 2010
sketches from a scene
http://www.youtube.com/watch?v=nB91xOkn3b4&feature=related
terça-feira, fevereiro 09, 2010
Fumaça
terça-feira, janeiro 26, 2010
r.e.m.
Movo em ti. Garças tiram-na para aquilo que deveras sentes. Fogem do horizonte no vôo, seguem teu ônibus mágico. Preço promocional. Especulo na carne crua mais vida do que existe. Te amo como a faca do açougueiro. Oferecerás o amor de verme. Não saberei sê-lo. A ficção morre no sono, despede-se no sonho, vinga-se no desfalecer. Durmo mais do que existo. Até que tua imagem durma. Não exista. Seremos outros e não seremos nada. Era uma outra? Abandonou o que és, para sentir mais do que és, além. Sou um personagem inócuo. Não me enxergarás. Escuta-me, talvez, se colocar teus ouvidos próximos. Se tu tiveres dormido, imagem, perdoa-me se serão só sussurros.
quarta-feira, janeiro 20, 2010
nome-do-pai
quarta-feira, janeiro 13, 2010
Os fios
terça-feira, janeiro 05, 2010
Colagem
terça-feira, dezembro 08, 2009
Esperando Mrs. Dalloway
Quando só, encontrava tantas pessoas maiores, agora as vejo escassas. Quando mais jovem, bebíamos muito veneno, hoje o único veneno que bebo é real, faz mal. E não tem ninguém mais a oferecer aquele outro veneno. Minha vida está toda planejada, ela vai dar certo. Mas certo como? Certo porque será de paz. Ainda sou bastante jovem para encontrar a paz. Não quero paz agora porra nenhuma. Quero-a quando estiver velho e saber das coisas. Eu ainda não sei. Encontrei algumas pessoas por aí, porém elas desistiram. Como eu sou bom agora, e é foda, não tive coragem de corrompê-las, não sei se ficariam empolgadas. Apenas tomamos umas cervejas comemorando o meu time na Libertadores. E se você não vier, caro amigo, o sofrimento que eu terei não será o redentor, mas o de uma derrota num jogo, que o objetivo é ganhar. Quero que me traga a maravilhosa dor de saber das coisas e o gozo de saber pervertê-las, destruí-las e construir nossa própria vontade, viver o nosso prazer original. Te espero.
sexta-feira, dezembro 04, 2009
Sem sol
sexta-feira, outubro 30, 2009
De onde está
Com passos em silêncio de chuva-verão-tempestade-sônica, dançamos num salão bem protegido do frio provisório; ninguém me lembra do que eu sou, estamos fora de contexto, estamos numa ilha de frio, uma ilha de tempo, aproveitamos com nossos corpos, antes que nosso calor seja menor do que aquele que ainda não vem de fora. Tomamos café, porque não é tempo de cerveja, apenas uma xícara, porque quando vier a próxima já não combinará com o tempo, e somos amigos, senão minha presença não seria um acaso pretendido. Isso não contradiz os nossos corpos estarem eriçados, com nossos pêlos como último alcance dessa energia. E isso não contradiz eu te pegar com meus músculos hipotróficos enrijecidos. Busco tua saliva, antes que eu tenha apenas teu suor. Mas é de tempo, e por ser de tempo a gente não pára. São 19 e 30. No verão. Vou falar dessa vez pra você saber. E não fale, que não é de perder. Ah, não! Eu quero o salão, a percussão volta a trazer teu corpo e teu coração batendo e o bandolim no repassar de nossos cabelos. Sax? Não, tenho todos os metais, quase surdo, para que termine o som, e assim nossa canção.
Os tempos são difíceis, amparo no factóide, cumpro horários, talho o elixir da vida, estou ao lado daqueles que mórbidos necessitam de um pouco da vida que apalpamos em nossos poucos encontros e daquela que apalpamos em outros lugares em que nosso relato fica guardado para nunca ser dito inteiramente.
Augusto, 79 anos de idade, faleceu. Ouvi o choro de seus próximos. Era bastante grave, mas para os parentes e amigos a sua morte é uma surpresa. É quase uma festa do fim, penso sobre o que viveu, era um tipo bastante comedido e imagino que era uma espécime de artesão rotineiro. Alguém que era de esperança e de acordar cedo. "Os exagerados morrem jovens", alguém diz. A metáfora de uma vida comparada a uma garrafa seria injusta com aqueles que a bebem muito. Quando será a próxima vez? Porque depois de tentar reanimar um morto, quero um corpo com vida para bebermos exageradamente. Não há resposta. Subo a rua à pé e anêmico, pronto para beber sangue. Tinto. Amarro-me no silêncio, não quero ninguém, duvido da dança, a memória daquela ilha perde provisoriamente o sentido, abdico, escolho não escolhendo, prefiro não querendo, concorre a tua vida e a minha, e eu estou feliz por esta existência.
http://www.youtube.com/watch?v=CYfKrct68JU
http://www.youtube.com/watch?v=ytudwqKuc4s
http://www.youtube.com/watch?v=N-mqhkuOF7s&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=jc3ZAs17uAg&feature=related
sexta-feira, setembro 25, 2009
Prenda
Guardo meu sexo como uma pré-pubere. Guardo-o como um libidinoso menino santo. Preservo o olhar de outrora. Mastigado coração. Grato à suspeição de que a alegria exterior toda já foi me dada. Precisaria enxergar-te, luz? És exigida, memória? Guardo-me para escavar essa alegria só interior. No texto apareceu adornos, a alegria de fora coloriu-se, mas quero o básico, quero o de dentro. A experiência é só ausência. Nada está aqui. Não há sorriso, a data não existe, cartas, sons, anos; a memória evocada é um truque barato de falsa felicidade, não é como eu no vigor presente, com que não existe e crio. A pé, aprendo estar em mim em todos os lugares, desconstruindo o espaço, redescobrindo um só nome. Nu e universo.
segunda-feira, setembro 14, 2009
Pedido de desculpas
pra defender os bens que comprei, a prazo e à prestação"
Violins
Eu te matei não foi porque eu dava muito valor àquele objeto que me roubou, ele é só um brinquedinho para me entreter na mediocridade da minha vida. Te matei porque os tostões que ele vale são aqueles que ganho para aceitar esse sonho padrão e abdicar dos meus, tão peculiares e não rentáveis. Você desconhece o ódio que senti quando descobri isso. Os meus pertences medem meu sonho?! Não tinha o direito de me revelar. Não sou mesquinho, te matei pela minha vida, está vendo? Não foi pela merda de um Laptop. Serei absolvido, pois o estado me incumbiu de ser um cidadão respeitado, o que você não aceitou. Amanhã volto pra casa, pois tenho contas a prestar, não comigo, mas com meus clientes. E faça o favor de descansar em paz.
quinta-feira, agosto 13, 2009
Ciranda
quinta-feira, junho 11, 2009
Love Shop
domingo, maio 10, 2009
Rasurado
quarta-feira, abril 29, 2009
Cartas à Pirapora
Seria fácil prender-se e proteger-se, mas seria uma vida superficial. Todos os momentos são os que constroem o tempo.
Essas 24 horas podem ser vistas como algo em vão, você pode lembrá-las como "bobeiras", porém toda experiência é válida. Eu me movo pelo ar, o vento é quem me propulsa para as minhas loucuras, não sei o que vim fazer aqui, pois meu coração não responde, só pulsa.
Mas sei que esta é minha vida, que seria muito melhor sempre perto de você..
Exercite o que quer ser!
''Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém a fim de te acompanhar''
PS. Talvez eu volte se até 19 h eu nao conseguir carona, me espere pelo menos uns quinze minutos!
Boas sorte e beijos!
Flavio Benigno 26;06;2005